Um exemplo a ser seguido

A Brawo possui uma especialização de décadas no campo da usinagem mecânica para terceiros.

Mauro Pini, Gerente de Engenharia e Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, da Brawo S.p.A., fala de tecnologia exasperada. Mas ele não fala negativamente sobre tecnologia. Na verdade, essa tecnologia 'exasperada', levada ao mais alto nível, é a principal ferramenta que as empresas podem usar hoje para enfrentar um mercado global cada vez mais competitivo. Com décadas de especialização na área de usinagem mecânica para terceiros, a Brawo sabe ser competitiva. “No passado, a localização de uma empresa era fundamental, mas não é mais o caso”, conta Pini. “Hoje a maioria das empresas é multinacional, com unidades de produção em todo o mundo. Temos fábricas nos Estados Unidos que ajudam muito, principalmente nos aspectos relacionados à logística e ao desempenho do mercado financeiro, ainda que não sejam fatores decisivos. Fazer grandes investimentos permite manter um altíssimo nível de tecnologia no qual temos que almejar competir. “E de fato, com um volume de negócios total de 90 milhões de euros, a Brawo investe anualmente entre 10 e 15 em sua tecnologia. Estamos falando de novas máquinas, muitas vezes muito complexas, mas também de software, como a simulação e verificação VERICUT, software que é criado e distribuído pela CGTech na Califórnia, com sede na Itália em Treviso (entre outras sedes).

Competição implacável

Parte do Grupo HUG S.p.A. - Holding Umberto Gnutti e com uma equipe de cerca de 350 pessoas, a Brawo lida principalmente com forjamento de latão e alumínio, tratamentos térmicos e de superfície e processos de remoção de cavacos. “Nosso mercado de referência é global”, explica Mauro Pini, “e abrange desde o setor médico-saúde até soldagem e alimentos e bebidas. Quando falamos em produção em massa e, portanto, em números que variam de dezenas de milhares a milhões de peças, inevitavelmente acabamos tendo que enfrentar uma concorrência implacável, e o maior desafio que enfrentamos é manter o nível de qualidade de produção. ”O HUG O Grupo é uma sociedade com um volume de negócios de cerca de 415 milhões de euros, que inclui seis empresas: Almag, Lofthouse, Berna, Brawo SpA, Brawo USA e Emmebi, esta última, em particular, especializada na produção de equipamentos para as empresas do Grupo e trabalha em estreita colaboração com a Brawo, para a qual também produz moldes.

Uma escolha decisiva

Em 2004, a Brawo decidiu antecipar para a fase de projeto, e portanto antes da produção real, o exame de todos os possíveis defeitos causados por erros na programação de ciclos de trabalho e equipamentos. Uma escolha importante, ditada por uma necessidade real, mas também voltada para o futuro se avaliada em retrospectiva. “Sem ter a possibilidade de fazer simulações em uma fase embrionária - antes do início do próprio ciclo de produção - não podíamos ter certeza se a peça final usinada estava perfeitamente de acordo com os requisitos”, explica Mauro Pini. “Mas, sobretudo, percebemos que graças à simulação virtual, foi possível reduzir os tempos de teste dos programas da máquina e reduzir quase que totalmente o erro humano. Se este último não tivesse sido corrigido em um ambiente virtual, poderia ter levado a colisões com danos modestos, mas significativos. Em vez disso, em um ambiente virtual, os custos das falhas são obviamente zero."

E assim, para lidar com essa necessidade iminente, a Brawo decidiu integrar o VERICUT em seu processo de produção. O software simula o ambiente de usinagem exato do mundo real, incluindo movimentos rápidos, movimentos multieixos, múltiplas colocações, formatos complexos de ferramentas, colisões de ferramentas e porta-ferramentas, cinemática da máquina, funções de controle complexas e assim por diante.

Artigo traduzido por Open Factory Edizioni Srl – Tecnè © 2020